Assistindo
ao seriado Two and a half man, uns dos personagens “Jack”, que nas primeiras
temporadas era uma criança capaz de entender e realizar tarefas melhor que seu
pai Alan e seu tio Charle, tinham dificuldades na escola e em alguns episódios
fica claro que o menino estava totalmente desestimulado em ir para o colégio ou
em fazer suas tarefas. Entretanto, isso não é apenas ficção, basta olharmos em
blogs, glogsters e sites de jovens e adolescentes que frequentam a sala de
aula, a revolta e o desanimo expressos por eles através desses veículos de
comunicação que por sinal são bons, e eles fazem por conta própria demonstrando
sua capacidade de escrita, critica e criatividade o que pode estar sendo
inibido em sala de aula. Portanto, é difícil entender porque esse sistema de
educação continua, se os principais personagens dessa história não estão se
dando bem e o mais interessante é que estamos tão engessados nesse sistema, que
dificulta a implementação de novas ideias, entretanto, nada nos impede de
sonhar com uma educação livre, emancipadora e efetiva de fato.
Sendo assim, a escola dos meus
sonhos, teria uma hierarquia mais simples para organiza-la, onde os alunos e
professores participam plenamente nas decisões a serem tomadas para formação e
manutenção do sistema de ensino. Uma escola que ensinasse seus alunos a
viverem, assim como os índios ensinam seus filhos a sobreviverem na selva,
utilizando seus recursos naturais de maneira sustentável, ensinar a realizar
tarefas como cozinhar, consertar algo, construir tecnologias, tocar um
instrumento musical, aulas de teatro, fotografia, cantar, desenhar, pintar,
valorizando o ser humano e sua cultura, ensinar seus alunos a compreender a
importância de cada atividade ou profissão para manutenção e crescimento da sua
cidade, uma escola onde os professores têm capacidade e liberdade de orientarem
seus alunos com os conteúdos que acharem adequados, onde os professores se respeitem
e se autovalorizem, onde o respeito, harmonia e trabalho em grupo de
professor/professor, professor/aluno e aluno/aluno andasse de mãos dadas em um
aprendizado mutuassem punições e ofensas, uma escola em que os alunos sejam
unidos e que as piadas feitas em sala de aula sejam gracejadas por todos e não
apenas por alguns. Sonhar com uma escola que tenha uma estrutura aconchegante, cuja inspiração e a criatividade venham à mente só de estar presente nesta, onde os alunos possam personalizar seu espaço despertando a curiosidade de quem vê criatividade esta, que ultrapasse os muros da escola e refletem nas ruas, nas praças, enfim, em todos os cantos da cidade.
Uma escola que não aprova e nem reprova, não existe avaliação por consequência nem a competição, uma escola que valorize as aprendizagens dos alunos, onde todos são responsáveis na educação de todos, com liberdade para os alunos desenvolverem ainda na escola habilidades que podem ser aprimoradas para que este assuma uma profissão. Porém, é difícil imaginar nosso mundo sem a competição, pois, muitos querem realizar a mesma atividade, talvez por amor ou por dinheiro, quem sabe seja por isso que a educação hoje tenha dificuldade de se soltar das raízes do tradicionalismo. Entretanto, é nos educando ao modelo das escolas dos nossos sonhos em que iremos nos emancipar quanto as nossas condutas perante a sociedade e a maneira em que vivemos nesta. Sendo assim, é evidente que a educação está intrinsicamente vinculada ao comportamento da humanidade, que por consequência tem o poder de transformar o mundo em que vivemos para o mundo em que sonhamos.
Diego Pimentel Venturelli
Estudante de graduação em
Ciências Biológicas (Licenciatura) pela Universidade Federal do Triângulo
Mineiro (UFTM), Uberaba MG. Já foi bolsista pelo Programa de Iniciação a
Docência (PIBID) e de Iniciação Cientifica. Tem como área de interesse
Tecnologia de Ensino e Aprendizagem e Ecologia Evolutiva de anuros
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