quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A Escola Ideal



Confesso que esse título propôs-me a uma “pausa Tchekoviana”... Pois, como falar de uma escola ideal sem antes considerarmos alguns atributos essenciais da vida de um ser humano, tais como: sentimentos, inteligência e tempo?
Ninguém pode negar que somos dotados de sentimentos, emoções e que estes diferem entre si nas mais variadas situações. Diante disto, pergunto: Eu amo meus alunos? Estou disposta a amá-los, mesmo que a recíproca não seja verdadeira?
No âmbito escolar, a criança tem a oportunidade de associar-se a um grupo civil mais complexo que o grupo familiar. Nesse ínterim, surge uma necessidade premente do educador expor, por palavras e atitudes, a importância de certos valores fundamentais da convivência social: a conduta ética em relação ao próximo. E, uma vez observada determinada vocação para tal atividade, o docente precisa amar o aluno, exortar com uma palavra edificante, por meio de uma voz mansa e de um olhar terno para o mesmo; de modo que este se sinta estimulado pela “força do amor” e da compreensão.
  Não se pode negar que, o educador pode ajudar o aluno a ter uma inteligência emocional saudável; por meio de atitudes exímias no ambiente escolar. Também vale ressaltar que, o professor sendo considerado o mediador no processo de ensino – aprendizagem - não basta ser emocionalmente competente; é necessário que tenha sua inteligência racional sempre estimulada, tendo o compromisso de buscar novos e “comprovados” saberes, para que o seu ensino seja eficaz e se torne fundamental no processo da reforma educacional.
Outro fator importante na educação é o tempo. É ele que auxilia na administração das atividades, para o crescimento intelectual e pessoal. É necessário entendermos que o prazer demanda tempo, e a vida é para isso... Gastar o tempo! Administrá-lo, tendo a consciência de que, sempre existe algo mais importante do que os planos curriculares, algo que estabelece uma ponte entre o cotidiano da vida humana e a eternidade. Não podemos ficar presos a essas “grades”... Orientar o aluno a pesquisar assuntos de seu interesse, dará a ele a oportunidade de escolher uma profissão, por meio da qual se realize.
 Em virtude dos fatos supracitados, percebemos o quanto é difícil nos posicionarmos com ideias revolucionárias no campo da educação. A fim de que se possa solucionar esse problema, devemos primeiramente examinar se as culpas dos fracassos educacionais estão dentro de nossa natureza humana ou nas condições injustas propostas pelas autoridades.

 
 
Eliene Marcelino Alves
Professora de português na Escola Estadual Nossa Senhora da Abadia - trabalho com alunos do ensino médio - De quem é a culpa do fracasso educacional?



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